QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES DE IMPRIMIR SUAS FOTOS

Você já percebeu que quando você tira uma foto, as cores que aparecem na tela do seu celular ou do visor da sua câmera não são as mesmas que enxergadas no mundo real? Indo além, você já percebeu que quando uma foto é impressa ou a visualizada em um monitor ou televisão as cores aparecem diferentes outra vez?

Nesse artigo você vai entender o motivo dessas diferenças e entender porque o Fine Art é a forma de impressão mais fiel às cores.

A mistura de todas as cores é preto ou branco?

Você já parou para se perguntar sobre a cor que resulta da mistura de todas as cores? Preto? Branco? E se as duas respostas estiverem corretas?

Primeiramente, precisamos saber diferenciar luz e pigmento.

• RGB (red, green, blue – vermelho, verde, azul).

Essas são as cores primárias que dão origem à todas as cores visíveis nos monitores, telas, celulares. Então você para, pensa e diz “ué, verde não cor primária, porque azul com amarelo dá verde! (como já cantava Xuxa)”. Entretanto, estamos falando de LUZ, e não de pigmento. A cor-luz é aquela que é diretamente emitida, já a cor-pigmento é a que enxergamos quando um objeto reflete a luz incidente sobre ele. As luzes vermelha, verde e azul não derivam de nenhuma outra cor e misturadas resultam na luz branca (imagem ilustrativa no fim da postagem).

As diferenças que enxergamos entre uma tela e outra depende da calibração de brilho, contraste, saturação e matiz de cada equipamento.

• CMYK (cyan, magenta, yellow, key – ciano, magenta, amarelo, e cor “chave”)

Ciano, magenta e amarelo são as cores primárias dos pigmentos, porque não derivam de nenhuma mistura. A junção dessas três cores resulta na denominada cor “chave” (K de key, em inglês), que nada mais é do que preto. É por isso que as impressoras mais simples funcionam com um cartucho de tinta colorido composto apenas pelos pigmentos ciano, magenta e amarelo, que quando misturados dão origem às outras cores. O cartucho preto existe por questões de praticidade e economia, pois exclui a necessidade de misturar sempre três cores para a sua obtenção (imagem ilustrativa no fim da postagem).

Logo, podemos notar que a mistura de todas as core-luz resulta em branco. Enquanto a mistura de todas cores-pigmento resulta em preto.

Qual a diferença de imprimir uma foto em um minilab (laboratório de revelação fotográfica) e em uma gráfica?

Os laboratórios de fotografia utilizam raios de luz e químicos que criam as cores, e não pigmentos. Portanto, as impressões são realizadas em RGB! A junção das cores em RGB resulta em cores secundárias mais claras (tanto é que a soma de todas as cores é o branco). Por outro lado, em CMYK as cores secundárias são mais escuras (já que a mistura das primárias é o preto). Desse modo, impressões realizadas em RGB tendem a ser mais vívidas do que as impressões que utilizam CMYK.

Qual a diferença de cores da impressão Fine Art?

Para responder essa pergunta, é necessário entendermos o que é espaço de cores.

Sabemos que existe um espectro de cores visível pelo olho humano, que vai do violeta ao vermelho. Entretanto, não conseguimos reproduzir em uma impressão todas as cores que somos realmente capazes de enxergar. O espaço de cores, também denominado perfil de cores, é conjunto de cores definido por um modelo matemático que reduz o espectro de cores capaz de ser visto pelos nossos olhos.

Os perfis ProPhoto, que vai além do espectro visível; o chamado Adobe RGB, com uma grande grama de cores; o sRGB, mais limitado que o anterior e usualmente projetado por nossas telas; e o CMYK, perfil referente a cor-pigmento (imagem ilustrativa no fim da postagem).

Enquanto os monitores e os minilabs trabalham geralmente em sRGB, a impressão Fine Art atinge o detalhamento de cores do Adobe RGB. Além disso, você pode escolher tipos diferentes de papeis para fazer sua impressão. Cada tipo de papel apresenta um perfil de cor único. Isso significa que você pode obter mais precisão e fidelidade com o mundo real (ou com o “mundo de Bob” da cabeça do fotógrafo).

Falamos bastante de cores com saturação, mas as diferenças também são notáveis quando o assunto é escala de cinza (o famoso preto e branco). Isso acontece porque o Adobe RBG consegue inserir mais tonalidades de cinza na transição do preto para o branco do que o sRGB.

Portanto, é notável e bastante representativa a diferença de cores de uma impressão Fine Art.